Parlamentar subiu à tribuna, nesta terça-feira, 11/6, para exaltar medidas de proteção do bioma apontadas por Grupo de Trabalho que analisou a obra e que garantem que é possível conciliar a rodovia com a conservação da Amazônia. Ele pediu que Ministra do Meio Ambiente licencie os trabalhos da BR
O deputado federal Saullo Vianna (União-AM) repercutiu, nesta terça-feira, o relatório do Grupo de Trabalho, constituído pelo Ministério dos Transportes, segundo o qual a conclusão da BR-319 é tecnicamente viável e ambientalmente sustentável. A rodovia, de 900 quilômetros hoje intransitáveis, liga Manaus a Porto Velho e é a única ligação terrestre do Amazonas com o restante do país.
“Gostaria de ler este relatório ao lado da Ministra Marina Silva, que diz que, historicamente, a ausência de pavimentação não garantiu a preservação ambiental e o respeito às comunidades tradicionais na região. Pelo contrário, a pouca acessibilidade e, consequentemente, menor presença do Estado reforçam a criminalidade e o desmatamento”, afirmou Vianna.
Segundo Vianna, as alternativas técnicas desmentem o argumento da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a quem ele pediu que licencie a obra da BR-319.
“Hoje, o nosso estado é acessível somente por via fluvial e aérea, que encarece o chamado “Custo Amazônia. Há mais de 40 anos sofremos com o custo Amazonas com o isolamento, que onera a nossa atividade produtiva e trava o nosso crescimento”, afirmou.
Medidas de conservação Entre as medidas previstas para proteger a biodiversidade amazônica, estão o cercamento de uma extensão de 500 quilômetros no chamado "Trecho do Meio" — área ambientalmente mais sensível —, além da instalação de 172 passagens para que os animais da região possam atravessar a rodovia.
“Portanto, este é um dia histórico para nós, amazonenses porque, enfim, o governo federal reconhece a importância e viabilidade desta que é uma demanda de mais de 40 anos dos amazonenses, que sofrem as consequências do nosso isolamento e falta integração com o nosso país”, diz Vianna, lembrando que, hoje, o Amazonas só tem ligação rodoviária com outro país, a Venezuela.
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